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terça-feira, 6 de maio de 2014

Sob o Signo de Peixes ! 6



A primeira vez.

O vôo de volta foi infinitamente mais rápido do que o de ida. Imersa em pensamentos e lembranças, Beatriz não conseguia parar de sorrir.

Zé Edu era um homem maravilhoso. Parecia saído de um romance. Doce e forte na medida certa.

Quando a porta do quarto se fechou e ela sentiu que os braços dele a envolveram, estremeceu. Foi carregada até a cama, enquanto ele olhava profundamente nos seus olhos com um leve sorriso nos lábios.

Totalmente entregue ao desejo permitiu ser despida lentamente.

- Como você é linda! Dizia Zé Edu a cada peça de roupa que tirava.

A voz rouca, daquele homem sedutor, continua impregnada na memória de Beatriz.

Não fizeram amor. O amor ainda não existia. Mataram um desejo latejante. E mataram várias vezes.

Beatriz não teve tempo de usar a lingerie. Tão pouco Zé Edu não se lembrou do pedido feito ainda no aeroporto.

Tomaram whisky, jantaram, conversaram longamente, trocaram carícias, beijos, confidências.

Saíram de lá impregnados do cheiro e do gosto um do outro. Plenos, satisfeitos.

- Atenção passageiros, apertem o cinto e coloquem a poltrona em posição vertical. A fala da comissária de bordo a tirou do transe.

- Cheguei. Pensou com tristeza.

No estacionamento, pegou o carro e dirigiu até sua casa. Quando entrou não conseguiu se lembrar do caminho que fez.

O celular tocou. Ela sabia que era ele.

- Chegou bem, princesa?
- Cheguei sim. E você, como está?
- Louco de saudade de você. Não sei quanto tempo vou conseguir ficar sem te ver.
- Agora é sua vez de vir me ver, disse sorridente.
- Eu vou, logo. E saiba: você é uma mulher maravilhosa.
- Obrigada, querido. Importante ouvir isso de você.
- Você vai ficar bem?
- Vou sim e você?
- Vou ficar louco de desejo, disso soltando deliciosa gargalhada.
- Um beijo
- Outros. Falamos amanhã.

E eles se falaram todos os dias, várias vezes ao dia, até o dia que Zé Edu pode ir vê-la.

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