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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Entre 5ª's - Passeando pela trilha sonora da minha vida !


Parte 01


Nasci numa 5ª feira há 50 anos, num dia em que o governo Italiano pediu ajuda pela primeira vez, para consertar a Torre de Pisa. Pelo jeito conseguiu, porque ela continua ali, tortinha mais em pé, ½ século depois.
Carnaval já tinha passado e segundo minha mãe, dei algum trabalho pra vir ao mundo. Foram, se não me engano, dois alarmes falsos, no dia anterior e na madrugada. Nasci as 10h30 - minha mãe diz que foi as 11h - no Hospital Beneficência Portuguesa em São Paulo. 

A música top daquele ano no mundo, foi “My Girl” - The Temptations e no Brasil, “Datemi un Martello” - Rita Pavone. “Aquarela Brasileira” foi o Samba Enredo da Império Serrano – eu adoro - e os Beatles cantavam “I Want To Hold Your Hand” enquanto Roberto Carlos, sem a Friboi,  entoava “Parei na Contramão”. Aliás, pensando no título da música e na polêmica, acho que ele parou na contramão foi agora, né não?

De lá pra cá foram muitas as músicas que embalaram minha vida. Ainda criança, parava em frente à TV e chorava ao som de “Tá na hora de dormir, não espere a mamãe mandar, um bom sonho pra você, e um alegre despertar”. Boêmia desde cedo, dirão amigos e familiares. Fato!


Ale, meu irmão, nasceu quando eu tinha 4 e me lembro de levantar a blusa da minha mãe para vê-lo quando, diante do meu questionamento sobre o tamanho da barriga, me respondeu que tinha um nenê ali. Jornalista competente, musico talentoso, Ale canta super bem, apesar de não admitir e a música que me remete a ele é “Colombina” do Ed Motta.


Lembro-me da música das “Balas Juquinha” e da emoção que senti quando fui com meus primos ao programa na TV  Tupi, que levava o mesmo nome.


Aos onze, meus pais no maior sacrifício, me mandaram pra Disney e a música que me leva de volta aos braços do Mickey é “Loving You” de Minnie Riperton. Minnie e Mickey? Ah, Feliz coincidência !


Com doze anos, fui numa festa da escola e apaixonada pelo galã, senti forte emoção quando me tirou pra dançar enquanto o Barry cantava “Mandy”.


Ganhei uma irmãzinha quando tinha 14 e é impossível não lembrar dela, já mais velha, de pé entre os bancos do carro, cantando:
- Ohhh macumberaaa, ohhhh macumberaaaaa... quando ouvia “Smooth Operator” da Sade.

Dois anos depois, dancei minha primeira valsa – a famosa “Valsa do Imperador” - nos braços do ator Global Mário Cardoso e ouvi dele:
- Nossa, você dança melhor que A Moreninha – numa referência à novela que ele atuava na época ao lado de Nívea Maria. 
Gentil esse Mário. Como o é até hoje – somos amigos no Facebook.


Com dezesseis, namorando o meu grande amor da adolescência, vivi dias de glória no carnaval ao som de “Balancê” e das boas e velhas marchinhas.


Ao lado dele, aos dezenove, aprendi a dirigir ao som de “Saudade” de Jane Duboc e me tornei tão apaixonada por ela, quanto era por ele.


Tinha quase vinte, quando fui passar férias sozinha, na casa da minha tia Suely, em Salvador e o que embalava minhas manhãs era “Ursinho Blau Blau”. Caito, meu priminho, me tirava da cama todos os dias:
- “Tia”, borá brincar de guerra ??? E eu ia, feliz da vida. Ligava o som colocava o LP e partia pro ataque enquanto ele se encolhia, já morrendo de rir.


Teve uma época em que eu não perdia uma só gravação do Programa Raul Gil. Todas as terças, estávamos no SBT, eu e Nanci. Foi um período delicioso, onde conheci tanta gente famosa! Uns maravilhosos outros o Ó, mas todos igualmente emocionantes. Adorava quando o Léo Jaime ia ao programa, por exemplo. Ficava paralisada ouvindo enquanto ele cantava:


- “Alguém sabe o que é, ficar em casa, só e chapadão, olhando pela madrugada o Polteirgeist na televisão”...


Amei platonicamente cantores, atores e apresentadores de TV, na melhor versão tardia de adolescente boba que alguém pode ter.


Dentre os meus “sonhos de consumo” estava César Filho. Ah, como ele ficava fofo atrás daquela bancada do extinto TV MULHER.


Pura emoção encontrá-lo num lançamento de Disco na Roof – boate bacanuda de Sampa. Naquele dia, além do Jorge Ben – era só Ben, mesmo - conheci o Chacrinha enquanto Guilherme Arantes entoava “Cheia de Charme”.

Tempos depois, já formada e trabalhando na Almap em plena Avenida Paulista, presenciei um Show histórico. Ultraje a Rigor, cantando na laje de uma galeria, na hora do almoço. Lembro-me de um cara sentado sobre o orelhão pra ficar mais perto da banda. E entre “Marylou”, “Ciúme” e “Nós Vamos Invadir sua Praia”, quase morremos de congestão de tanto dançar no meio da avenida.

Parte 02: Aqui

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